CINEMA RULES!


Gostar de cinema é quase que gostar de beber água. Nem todo mundo curte muito, mas todo mundo acaba tendo um contato com aquilo, e por vezes pode se mostrar algo muito legal. Há quem coloque no seu perfil de ORKUTXI que só vê suspense, ou que adora uma comédia romântica, ou mesmo quem coloque ao lado de corações e estrelinhas rosas: ADÓRO UM AMOR PRA RECORDÁ! Aí eu sinto o nojo habitual, mas eu não consigo deixar de pensar que de alguma forma alguém foi tocado por uma histórinha medíocre que durante uma hora e meia deve ter mexido com seus poucos miolos. E isso, meu caro amigo, é simplesmente fantástico.
Desde criança, quando em minha primeira vez no cinema assisti a Bela e a Fera, fiquei extramente encantado não com o tamanho da tela, e nem com o filme em si (que é fantástico) mas como existiam pessoas no mundo cuja principal preocupação era contar histórias. Lembro de estar com mais ou menos 10 anos e ficar discutindo com meu pai no carro o que era mais difícil de fazer: filmes desenhos, ou filmes live-action (na época, por mim designados como não-desenhos ou filmes de verdade). Meu pai disse que fazer desenhos era bem mais difícil já que ficar casando milhões de frames de imagens com áudio e trilha sonora devia dar um trabalhão do cacete. Eu discordei veementemente, já que ficar indo pra cima e pra baixo com câmeras e sabe-se-lá mais Deus quais materiais e os atores, e fazendo e refazendo cenas era obviamente mais trabalhoso do que sentar a bunda numa cadeira e desenhar (minha revolta na época era na verdade contra um professor de artes maligno que eu tinha e me obrigava a desenhar mesmo sem eu saber). O importante é que o processo de transformar idéias em um material pálpavel e assitível sempre me encantou.
E não só a mim, mas a milhões de cinéfilos ao redor do mundo o cinema é extremamente importante e igualmente fruto de paixões e inclusive base de relacionamentos, muitos amigos que fiz se tornaram ainda mais amigos por causa de nossa paixão em comum pelo cinema (inclusive os humildes escritores e estudantes que escrevem nesse blog). Isso sem falar nas pessoas que hoje me conhecem e às vezes me apresentam outro conhecido delas dizendo: -Vocês vão se dar bem porque os dois são viciados em cinema! E eu admito que é sempre legal ouvir isso. Ontem, eu assisti Os Sonhadores pela primeira vez e não pude deixar de achar extremamente RÓQUENRÔL o relacionamento que os personagens principais desenvolvem baseado numa paixão louca pelo cinema, que se transforma numa paixão louca uns pelos outros (e vamos e convenhamos que quando se tem o Louvre ali do lado pra sair correndo no meio dele só pra bater o recorde do menor tempo que um trio atravessou o museu, recriando uma cena muito louca de Bande à Part, é fácil se apaixonar por quem quer que ouse fazer isso com você), e esse é só mais um dos poderes da telona, juntar gente pra pensar e sentir juntas. Massa não?
Hoje eu sou apenas um cinéfilo em formação, e espero continuar sendo. Esperando sempre antes de entrar na sala ter uma experiência transcendental ali, às vezes eu ganho experiências retrógradas (como foi o caso de Acredite, Um Espírito Baixou em Mim) e às vezes ganho momentos inesquecíveis como Once.
E enquanto continuarem criando histórias a serem contadas em som e imagem, estaremos ali de olhos e ouvidos atentos! Essa é minha ode ao cinema, estou romântico hoje. Vou parar por aqui se não daqui a pouco vou ali na sala beijar meus DVDs... E de bizarrices já chega o que o povo fez em Os Sonhadores :P

1 comentários:

suzana disse...

tem zé que ainda diz que cinema é uma arte menor.

apois, paixão compartilhada. cinema é vida. \o/

[topa reproduzir a cena do louvre no museu câmara cascudo? =P]

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