Até que tentaram.


O seriado novo da FOX que estreou essa semana, 9MM, totalmente produzido no Brasil, com idéias totalmente americanalhadas, até que tentou, mas não conseguiu ser muito bom não. A série se apresenta com muita moral, uma fotografia cinza quase sem contraste deixando tudo praticamente em preto e branco (só o blazer vermelho da polical Luíza, e a blusa amarela da menina que só corre durante o episódio, parecem que foram retocados pra brilhar mais, sem razão alguma) dando um clima quase noir à série e mostrando São Paulo bem sem graça e fria, ponto pra série. Mas tirando a fotografia legal, a abertura "prafrentex" moderninha imitando aberturas como a de CSI: New York e Without a Trace, e a trilha sonora que às vezes funciona deixando a gente apreensivo, os pontos realmente positivos do seriado param por aí. Depois disso é ladeira abaixo. Começando pela história do episódio: Cinco agentes da divisão policial de homicídios de São Paulo, investigando o assassinato violento de uma menina famosa por ter participado de uma relity chamado Casa dos Famosos (é muita originalidade pra um roteirista só) acabam predendo também o pai de uma menina acusado de matar a mulher e estuprar a filha. Ao longo do episódio somos apresentados a outros personagens como um cafetão muito malvado que não está nem aí pra lei e seu capanga idiota que é chamado de idiota toda hora. E ficamos sabendo um pouquinho sobre a história pessoal de cada um dos policiais: tem a policial durona mas de bom coração que não tem tempo pra filha (com direito a filha chorando e gritando: "Ela nunca tem tempo pra mim!" De forma tão falsa que dá vontade de bater na menina junto com o namorado dela, que faz isso porque ela não quis transar com ele, inovador não?) sendo que a dita cuja também tem tempo de mandar o pai da filha "Pegar Londres e a cena musical de Londres, enrolar tudo, e enfiar no meio do cu" (eu ri pra caramba com ela falando isso, mas acho que não era a intenção). Tem o policial jovem e gostosão que pega todas e deixa o sexo atrapalhar no seu trabalho, e tem o policial gordo nojento que fica soltando comentários dignos de uma orda de pedreiros na hora do intervalo tipo: "Essa é gostosa mermo." O pior fica por conta de um Pastor boca suja, que tem várias imagens de santo na sua capelinha/casa no meio de algum lugar muito distante e muito pobre mas que todos os personagens resolvem aparecer facilmente quando querem, parece o Marrocos em O CLONE, todo mundo chega facinho facinho. E vamo combinar galera, não precisa nem ter entrado no ensino médio pra saber que evangélico não tem imagem de santo dentro da igreja, e que ninguém chama padre de pastor. Os roteiristas ou quiseram fazer uma coisa muito ecumênica pra agradar a todas as religiões, ou não souberam fazer direito. Qualquer uma das alternativas implica a estupidez do pessoal. Não fosse só isso ainda tem a richa dos outros chefes de divisões pra cima do Edu só porque ele "Dá muita entrevista e aparece demais na mídia". O detalhe é que ele só aparece na TV uma vez, na outra tentativa de uma repórter falar com ele, a coitada fica no vácuo, e dá pra sacar que uma sobrada daquelas não iria ao ar em nenhum telejornal de fazer inveja à outros chefes de divisão.
Os atores são péssimos (salvo o chefe da divisão e o policial mais jovem), e o clima tão forçado da série demonstra que eles não vão conseguir emplacar uma história realmente envolvente. Mas como não é de todo ruim, e esse foi só o primeiro episódio, eu vou continuar vendo pra checar se daqui pro quarto e último episódio dessa primeira temporada sai alguma coisa que valha a pena sair divulgando mundo a fora. Mais nove episódios pro próximo ano já estão em pré-produção. Esperemos.
Por enquanto, a gente continua aguardando uma boa e duradoura série brasileira.

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