Escrita à prova de fogo.


O que é fascinante no mundo das telas, é que quando se trata da produção de ficção, seja para cinema ou televisão, nunca se sabe onde se encontra o peso maior. Se é na direção, na interpretação, na escrita, nos atores, ou onde quer que se possa julgar qualidade. Alec Baldwin numa recente entrevista que deu sobre seu personagem em 30 ROCK disse que o texto do seriado era um tanto quanto a prova de atores, e que ele não precisava nem um pouco se esforçar para atuar. É claro que o miserável diz isso tendo em mãos um globo de ouro de melhor ator, e quando é assim, qualquer modéstia é rapidamente detectada e a gente pode mandar ele à merda e voltar quando ele perder qualidade. O que certamente não vai acontecer (um porque nós provavelmente nunca vamos encontrá-lo pra mandar ele ir à merda, e dois, porque ele não iria de qualquer jeito).

Mas analisando como um leigo, até que se pode ver alguma razão no que ele disse. E eu digo isso por causa de dois escritores fantásticos que eu tenho acompanhado e que me tem feito muito bem com seus roteiros tão fantásticos. Uma é, claro, Amy Shermman-Palladino super escritora de Gilmore Girls, e o outro, é o Aaron Sorkin, super escritor da não tão apreciada como deveria: The West Wing. Pra quem não conhece o cara direito, cliquem aqui e leiam esse post do nosso blog (a gente paga pau MERMO). Eles dois escrevem tão bem, que conseguem deixar muitas vezes o papel do ator secundário em meio às tramas tão bem feitas, e os diálogos tão bem arranjados de forma que a imagem se transforme mesmo num mero suporte para o que se está sendo dito e contado. E isso no século XXI meus coleguinhas de capitalismo selvagem e imagem-acima-de-todas-as-coisas; é muito!

Hoje tive a oportunidade de rever um dos meus filmes preferidos: JOGOS DO PODER, que saiu recentemente nas locadoras brasileiras, e que tem Tom Hanks e Julia Roberts no elenco. O filme foi escrito pelo Aaron Sorkin e dirigido pelo Mike Nichols (o mesmo diretor de A primeira noite de um Homem, Closer e Catch 22 que no Brasil chama Ardil 22, que é o mesmo nome do livro que a Naomi de Lost tinha na bolsa e que continha uma foto do Desmond com a Penny dentro quando ela foi achada depois de cair de pára-quedas na ilha no final da terceira temporada. O filme do livro inclusive tem no elenco Martin Sheen, que alguns anos depois, protagonizou a famosa série do Aaron Sorkin. Acompanhou esse parêntese? Nem eu...) Mas enfim, voltando ao filme que eu vi hoje, ele foi o filme do primeiro podcast do nosso blog, e é fascinante ver com que mobilidade um autor consegue escrever pra cinema e pra televisão.

Depois de todo arrodeio que eu dei era sobre isso que eu queria falar. Como deve ser difícil escrever pra TV e pra cinema de forma competente e equilibrada. Imagine o que é para um autor de uma novela que dura oito meses no ar, conseguir criar um história que comece, se inicie e termine em duas horas. Inclusive muita gente comenta sobre filmes como "Os Normais- O filme" e "A Grande Família", falando que são filmes que não conseguiram manter o clima que tinham na TV. São linguagens diferentes, e que captam um tipo diferente de atenção do público, mas em alguns aspectos estão ficando cada vez mais parecidos. Pra quem via The West Wing (ou mesmo Studio 60) é legal ver o filme e achar semelhanças na forma de falar dos personagens ou mesmo algumas situações criadas. Eu que sou extremamente viciado em TV e em cinema me divirto demais com isso. É, cada um com seus problemas. E com seus autores preferidos pra azucrinar também.


P.S.: O podcast atrasado entra no ar ainda hoje, eu só estou tentando controlar a rebelião dos meus softwares e logo que todos estiverem de volta ao normal, a programação do blog funcionará como sempre: completamente junkie em tv e filmes, fantástica, genial e surpreendente (podem me mandar à merda se quiserem).

3 comentários:

Taty Macoli disse...

seus parênteses são sempre uma diversão a parte.

=*

Anônimo disse...

Eu só queria dizer que eu tb pago pau para Amy e pro Aaron (perceba a intimidade, rs).

Anônimo disse...

Se eu tivesse a metade da inteligência do Sorkin eu não reclamaria de mais nada na minha vida. Mas, isso tá longe de acontecer, então: essa vida é uma d..., é um s..., é *&%@#*&8, etc.

Brincadeirinha, não reclamo tanto assim da vida não. Mas, bem que eu queria um pedacinho do brilhantismo do Sorkin, ele é massa!

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